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Festas e Romarias

Festas e Romarias

A Festa de Nossa Srª do Soito comemora-se desde tempo imemoriais, que no passado se realizava no dia 25 de Março (anterior a 1758), realiza-se actualmente e há já largos anos, por razões inexplicáveis, no 2º Domingo de Maio.



No sábado, a manhã e a tarde são preenchidas com animação de rua. No inicio da noite realiza-se a missa na Igreja Matriz, seguida de uma imponente procissão de velas que percorre as ruas da aldeia.



No Domingo de manhã há arruada com banda filarmónica pelas artérias da freguesia.



A Ermida de Nª Sra. do Soito, situa-se a cerca de dois quilómetros do centro da aldeia, situada em plena serra, num aprazível local. É neste lugar, que no dia de Domingo decorre o dia principal da festa.

Ao início da tarde, realiza-se uma missa, seguida de procissão em redor da Capela. Após os actos religiosos tem lugar a rematação de variadas e valiosas oferta em Honra de Nª Sr.ª do Soito.

Ao fim da tarde, acontece o ponto máximo, o verdadeiro ex-libris desta festa, todos os pastores desta freguesia benzem os seus rebanhos de ovelhas junto à Ermida. É uma tradição ancestral que se vem mantendo através dos tempos e se mantém viva até que, provavelmente, deixem de existir rebanhos na freguesia. A bênção é pedida de rebanho em rebanho, com todas as ovelhas bem limpas, enfeitadas com adorno de fitas e borlas de malhas de lã de várias cores e, ao pescoço, com o melhor colar fechado com bonitas chavelhas de madeira enramadas à mão pelo próprio pastor. De seguida, o pastor ajoelha-se e faz ajoelhar algumas das suas ovelhas em frente da porta principal da Ermida, pede a bênção para os seus e para os rebanhos, rezando, depois como que num acto de agradecimento se tratasse e ao toque da banda filarmónica, inicia a tradicional volta em redor da capela seguido das suas ovelhas. Estas vão ficando em fila indiana até que a primeira, que vai atrás do pastor, vai juntar-se à última. Aí, o pastor sai e as ovelhas correm umas atrás das outras em redor de toda a Ermida, sem despegar, como que se de um carrossel se tratasse. Se ninguém mais as separasse correriam até à exaustão, mas depois de dadas três ou quatro voltas, o pastor que conhece muito bem o seu rebanho vai intrometer-se entre a última e a primeira. Esta, que também conhece bem o seu pastor, e é a que, geralmente, caminha todos os dias atrás dele, ao vê-lo, sai da roda, e atrás desta, as outras seguem, agora já caminhando, mas ofegantes ainda da louca correria. O pastor com os cães de guarda segue agora à frente do rebanho com o seu traje tradicional e manta às costas de cabeça levantada, orgulhoso da sua promessa cumprida.

A noite de Sábado, Domingo e Segunda-Feira são preenchidas com grandiosos bailes que se estendem pela noite dentro.

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